Eis os livros mais lidos durante o mês de abril:
Alice, ao seguir um coelho que fala, entra na toca e penetra num mundo subterrâneo, pitoresco e surpreendente. Aqui, ora tornando-se minúscula, ora gigante, confronta-se com personagens estranhas, tais como uma lagarta que filosofa, uma cozinheira que atira com pratos e panelas aos que vão à cozinha, um bebé que grita e se transforma em leitão, um gato de sorriso permanente que se torna invisível, um chá com conversas loucas, uma falsa tartaruga e um grifo, um baralho de cartas animado em que a rainha está constantemente a mandar cortar a cabeça aos outros (o que nunca acontece), um jogo de croquet absurdo e, por fim, um julgamento em que ninguém entende o que se está a dizer. Afinal, tudo tinha sido um sonho.
Recensão retirada daqui:
http://www.casadaleitura.org/portalbeta/bo/portal.pl?pag=sol_la_fichaLivro&id=448
Versão da história imortalizada por Shakespeare no final do século XVI, esta adaptação para o público infanto-juvenil caracteriza-se não só pela presença das magníficas ilustrações de Octavia Monaco como pela aproximação ao discurso oral, uma vez que a sua narração visa responder à curiosidade de uma criança sobre esta história. A narrativa, à qual foi modificado o título pela alteração da ordem das personagens, ao combinar um conjunto de motivos contraditórios, amor e ódio, vida e morte, alegria e tragédia, aventura e suspense, torna-se intemporal e ganha contornos de mito. As ilustrações recriam, com expressividade, o universo onde se movem as personagens, sugerindo movimentos e cristalizando as emoções dominantes, em particular o amor que une os protagonistas.
Recensão retirada daqui: http://www.casadaleitura.org/portalbeta/bo/portal.pl?pag=sol_lm_fichaLivro&id=825
Os livros que devoraram o meu pai, de Afonso Cruz, é um livro que se multiplica em viagens, mas desta vez literais e não simplesmente metafóricas, por livros indispensáveis da literatura universal (juvenil e não só). Trata-se da história de Elias Bonfim, que parte páginas adentro, em busca do pai, que se perdeu nos livros que lia, ou que, no fundo, se deixou devorar pelos livros que devorava. O rapaz de doze anos percorre rigorosamente, no sentido exacto das palavras, a enorme biblioteca, que pertencera ao pai, no sótão da avó. Começa pela ilha do Dr. Moreau, de H.G.Wells, e daí para Stevenson, Dostoievski, Italo Calvino, Bradbury ou Borges foi um salto, que não deixou de lado a Bíblia, a Divina Comédia ou as pequenas narrativas de Lao Tse, que assombram a vida de Elias Bonfim, mesmo no mundo real, fora dos livros, se é que existe vida fora deles. A dado momento, aliás, é Raskolnikov, o próprio protagonista de Crime e Castigo que explica: As «personagens de carne são exactamente como nós, os de papel e letras negras».
Recensão completa em:
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Boas leituras!