segunda-feira, 6 de junho de 2016

COMO FOI O DIA DO AGRUPAMENTO NA NOSSA BIBLIOTECA?

Palestra do 8.º A para os alunos do 1.º ciclo,  com a coordenação da professora Eugénia Fernandes.



CONCURSO DE HAIKU - 8. A e 8.º B:
Recital de poesia Haiku e cerimónia de entrega dos prémios aos melhores Haikus e às melhores ilustração. Tivemos o privilégio de ter no júri do concurso a escritora de Haiku - Leonilde Alfarrobinha - e Severina Gonçalves da Associação Nova Acrópole, como júri do concurso 








Sessão de cante alentejano para os nossos alunos do 1.º ciclo.



SEMANA DA LEITURA - Leituras inesperadas

O 6.º ano retribuiu a leitura ao 7.º F:

Tivemos dez meninas com uma leitura dramatizada da «Xácara das Dez Meninas» de Mário Cesariny de Vasconcelos.









400 ANOS DE SHAKESPEARE. FOI ASSIM...

Todos conhecem o final trágico de Romeu e Julieta, mas já ouviram falar das bruxas de Macbeth? Ou sabem qual a frase que tornou Hamlet imortal? E quem foi Ricardo III ou Rei Lear? 





A mãe Susana Catarino preparou um workshop para o 5.º A e para os alunos da sala UAAM. 




O resultado - uma galeria de retratos de personagens de Shakespeare que os alunos não esquecerão.





400 ANOS DE CERVANTES na semana da leitura, com alunos de Carcavelos e a prof. Anabela Morgado

Recebemos com muita curiosidade uma turma de Espanhol do 11.ºano da Escola Secundária de Carcavelos com a professora Anabela Morgado (que nunca deixará de ter o coração na Alapraia).
Fizeram uma leitura dramatizada, em espanhol, de excertos de «D. Quixote» para duas turmas de 8.º ano de espanhol. Gostámos muito e queremos deixar aqui o nosso obrigado pelo seu espírito de voluntariado. 








SEMANA DA LEITURA - Leituras inesperadas

Leituras inesperadas dos alunos do 7.º F para o 6.º A.

Ouvimos o conto «O Segredo», que o 7.º F escreveu coletivamente, inspirando-se no desafio lançado na semana da bicicleta. O resultado é verdadeiramente surpreendente. Aqui fica para que possam ler:



O meu segredo
O avô tinha dito que na garagem havia um enorme pano que cobria um objeto fantástico.
         - Nunca levantes o pano! – advertiu.
         A curiosidade invadiu-me. Então, naquela noite suave e amena de primavera, desci devagar as escadas que me levavam à garagem. A cada passo, o ranger das tábuas de madeira velha ameaçava acordar os avós. Mas o avô já estava acordado… lenta e carinhosamente, polia o objeto misterioso: uma bicicleta antiga. Escondi-me na despensa debaixo das escadas. O meu coração estava aos pulos e parecia que ia sair pela boca a qualquer momento. Por que motivo estava o avô àquela hora de volta da bicicleta? De súbito, o avô cobriu-a com o pano e dirigiu-se para as escadas. Sustive a respiração. Nem queria pensar no que o avô faria se me encontrasse ali.
Quando a pequena sombra corcunda do avô desapareceu na porta de acesso à casa, saí do meu esconderijo e precipitei-me para a bicicleta coberta pelo pano. Levantei-o… um velocípede antigo, com uma roda dianteira gigante, quase do meu tamanho, e uma outra mais pequena. Reluzia com a luz brilhante da lua cheia que entrava pela janela.
Nunca tinha visto nada assim. Senti uma enorme vontade de me sentar na bicicleta. Não resisti. Enquanto me sentava, a minha camisa de noite ficou presa na corrente e um rasgão em forma de relâmpago denunciava a minha aventura.
- Tenho de pensar no que dizer à avó… - pensei.
Já sentada no selim do velocípede, comecei a pedalar devagarinho, aumentando cuidadosamente a velocidade. Senti-me perseguida. Olhei para trás e vi que uma luz seguia no chão a roda da bicicleta. Foi então que comecei a andar às voltas, tentando desesperadamente fugir da luz, mas os meus esforços foram em vão. Exasperada, carreguei no botão e o portão da garagem abriu-se à minha frente e eu, sem mais demoras, sem pensar duas vezes, saí bruscamente, pisando os canteiros do jardim de que a avó tratava tão carinhosamente.
Já lá fora, não era possível controlar a engenhoca. Parecia ter vida própria e ziguezagueava pela rua fora, ora em cima dos passeios, ora na estrada, sem que a conseguisse parar. Sem saber como nem porquê, a bicicleta estacou. E eu, assustada, quase voava em direção à relva. Olhei à volta e reparei que a luz brilhante que me perseguia tinha desaparecido, mas algo inesperado estava prestes a acontecer: do nada, pirilampos saltitantes, felizes e luminosos voavam em direção aos raios das rodas da bicicleta. E eram cada vez mais, vinham de todos os lados, silenciosos, organizados em forma de estrela.
Quando dei por mim, subia em direção às estrelas. Os pirilampos levavam-me para uma viagem inesquecível, especial e empolgante. Todas as noites de lua cheia, em casa dos avós, passaram para mim a ser mágicas.


Trabalho realizado nas aulas de português do 7º F, dos dias 13, 14 e 15 de abril, na sequência da sessão de leitura de A bicicleta que tinha bigodes, de Ondjaki, no CRE.