Os alunos reescreveram e ilustraram contos
Uma
história de chocolate
-Avó,
avó! Conta uma daquelas histórias fantásticas, em que tu tinhas a nossa idade.-
Pede-me uma das minhas netinhas.
-
Muito bem. Então sentem-se todos ao pé da lareira que eu acho que me lembrei
duma daquelas histórias que eu adoro contar e que vocês adoram ouvir!
-Yeeh!-
Gritam em coro.
-
A Rita, a Margarida e a Bia sentam-se dum lado, enquanto o David e o Rodrigo se
sentam do outro. Eu fico no meio para não haver brigas!!!!
-Vá
lá, avó, vá lá. Conta lá a história.- Pediu outra vez ansiosa a Rita.-Tudo bem, tudo bem. Começou assim:
Quando estava no parque a brincar, ouvi um zum zum de que o Barco de Chocolate estava quase a zarpar. Fui logo perguntar aos meus pais que barco era esse que ía zarpar, e eles disseram-me que nunca me tinham falado desse barco, porque era um barco especial, onde as crianças podiam embarcar e tiveram medo que eu quisesse ir. Eu respondi:
Os meus
pais disseram que não, que eu não podia ir, e eu não insisti porque já sabia que
seria pior para mim. Passado algum tempo, quando fiz oito anos e os meus pais
receberam as minhas notas, é que eles me propuseram a viagem no Barco de Chocolate. Entusiasmada,
aceitei logo. Quando o barco de chocolate atracou no cais, fui eu fazer as
malas satisfeitíssima. Ao aproximar-me do cais, vi apenas um barco
completamente normal e, como é óbvio, fiquei muito assustada pensando que o
barco já se tinha ido embora…
-
Credo, avó! Tanto esforço para ter boas notas e depois não há barco?!
-Deixem-me
lá terminar a história. Além disso, Rodrigo, eu não sou como tu, que só fazes
as coisas se receberes algo em troca. Ora… Onde é que eu ía? ... Ah pois…
Quando
entrei no barco percebi por que é que o barco se chamava Barco de Chocolate: tudo, mas mesmo tudo, era feito de chocolate.
Fomos recebidos pelo capitão que nos informou acerca da hora de acordar: 9h da
manhã, e a hora de deitar: 9h da noite.
-Que
horror, avó! Tão cedo?!
-
Pois é, Beatriz, mas dantes tínhamos de nos ir deitar muito cedo.
-
Ora…
No
primeiro dia, comemos sem parar; no segundo dia, já estávamos cheios mas, mesmo
assim, comemos muito, porque ninguém queria perder a oportunidade; no terceiro
e último dia, já estávamos a rebentar, porém, quando bebemos uma bebida que nos
deixaram em cima da mesa, ficámos logo com fome outra vez. E comemos, comemos
sem parar…
-
Avó, avó, não sentiste saudades dos teus pais?
-
Claro David.
-
Eu gostava muito de andar nesse barco…
-Talvez
surja a oportunidade, Margarida, mas agora todos para a cama! Já é hora de os
meninos irem dormir.
-
Claro, as meninas ficam acordadas até mais tarde!
-
Ah! Ah! Ah, Beatriz! Tanta graça! Só por causa dessa, és a primeira a ir para a
cama.
-
Não, avó, não!!!
-
Agora vá. Dentes e cama, que eu já vos vou lá dar um beijinho de boa noite.
Texto de: Inês
Hasse, 6.ºE
ilustrado por: Vítor Viana, 6.º F
Boas Leituras!
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